Pensações

Pensações

domingo, 17 de abril de 2011

Você é ginefóbico?

Recebi de um rapaz esse e-mail. Leiam minhas considerações até o fim. Vale a pena e pode mudar a vida de vocês.

Histórias de Homens Casados....

Um homem colocou nos classificados:
- 'Procura-se esposa'.
No dia seguinte ele recebeu centenas de cartas. Todas diziam a mesma coisa:
- 'Pode ficar com a minha'.

O filho pergunta para o pai:
'Papai, quanto custa para casar?'
E o pai responde:
'Não sei, filho, ainda estou pagando'..

O filho:
- ' Pai , é verdade que em algumas partes da África o homem não conhece sua esposa até casar com ela ?'.
O pai:
- 'Aqui também é assim, filho'.

Um casal estava discutindo sobre as finanças. O marido explodiu e falou:
- 'Se não fosse pelo meu dinheiro, essa casa não estaria aqui.'
A mulher respondeu:
- 'Querido, se não fosse pelo seu dinheiro, EU não estaria aqui'

Uma mulher estava conversando com uma amiga:
- 'Fui eu que fiz o meu marido milionário'.
- 'E o que seu marido era antes?' - pergunta a amiga.
A mulher responde:
- 'Bilionário'.

Um homem estava reclamando com um amigo:
- 'Eu tinha tudo - dinheiro, uma casa bonita, um carro esporte, o amor de uma linda mulher, e então...tudo acabou.
- 'O que aconteceu?' perguntou seu amigo.
- 'Minha mulher descobriu...'.

Um homem entra em sua casa correndo e grita para a sua mulher:
- 'Marta, arrume as suas coisas. Eu acabei de ganhar na loteria!'
Marta responde:
- 'Você acha melhor que eu leve roupas para frio ou calor?'
O homem responde:
- 'Leve tudo, você vai embora'.

Não falo com a minha esposa há mais de um ano
- Por que? - pergunta um amigo
- Porque não gosto de interrompê-la....


Um homem disse que seu cartão de crédito foi roubado, mas ele decidiu não avisar a polícia porque o ladrão estava gastando menos que a sua mulher.

A melhor maneira de lembrar o aniversário da sua mulher, para sempre é esquecer uma vez.

O primeiro cara (todo orgulhoso):
- 'Minha mulher é um anjo!'
O segundo cara:
- 'Você tem sorte, a minha ainda está viva'.
- Qual os dois tipos de pessoas felizes que existem?
- Homens solteiros e mulheres casadas...

- Qual a semelhança entre um casamento e um submarino?
- Ambos bóiam, bóiam, mas foram feitos mesmo para afundar...

Casamento: o dobro da despesa com a metade da diversão.
Uma vez um homem disse:
- 'Nunca soube o que é estar realmente feliz até casar. Aí já era tarde demais...'.

Um amigo pergunta ao outro recém casado...
Como está a vida após o casamento???
O outro responde:
Após o casamento não há vida !!!!!!!!!!!

Homens que fazem esse tipo de piada e repassam achando que estão sendo muito engraçados se enquadram no tipo que não gosta de mulher (vide ‘Uma teoria sobre os homens’: http://schenato.blogspot.com/2010/12/uma-teoria-sobre-os-homens.html: ). Alguém pode dizer: “é apenas uma piada, você leva muito a sério as coisas”, mas piada contra negro é RACISMO, piada contra homossexual é HOMOFOBIA e todos que praticam ou um, ou outro, podem sofrer sansões legais. Esses sujeitos sofrem de um tipo de preconceito que ultrapassa o machismo: eles são ginefóbicos. Sim, existe. Homens que desrespeitam, denigrem, preterem, diminuem o gênero feminino.

Não os julgo. Cada um tem direito de pensar da forma que quiser, isso está na ‘Declaração Universal dos Direitos Humanos’. Sendo assim, esse direito também me pertence.


Esses seres masculinos “super-engraçados” são apenas uma patota de desafortunados que não tiveram a sorte que eu e muitos Homens tiveram de conhecer exemplos de mulheres completamente diferentes das que eles conheceram. Ou, então, eles preferem se apegar às exceções para generalizarem a regra.

Vou dar exemplos de mulheres anônimas, sem citar as que entraram para a história por seu heroísmo, garra e inteligência.

Ipatinga ainda era uma grande roça, antes da vinda da Usiminas. Meu avô materno era dono de uma fazenda que abarcava todo o bairro que hoje se chama Vila Celeste. Ele foi perdendo gradualmente as terras em jogo com o passar dos anos. A única coisa que ele não perdeu na jogatina foi a casa na qual vive, hoje, minha avó, sua viúva. Não perdeu porque era nobre, mas porque minha mãe, a filha mais velha, já estava bem grandinha e, esperta como sempre, não permitiu que minha avó assinasse os papéis. Sem dinheiro e doente, meu avô, alguns anos depois, via todos os dias minha avó encher as sacolas com panos de prato, toalhas e artigos de cozinha bordados e rumar a pé para o Castelo, onde vendia seus trabalhos para as “madames”, esposas dos chefões da Usiminas. Assim, sustentou sete filhos e um marido doente.

Meu pai não se faz de rogado ao elogiar minha mãe. Ele era peão de trecho e minha mãe trabalhava no setor de compras da Usina quando eles se conheceram. Ela queria muito que ele fizesse um curso técnico para conseguir uma boa colocação e porque ela sempre soube que o estudo era muito importante. Ele relutou muito, estava satisfeito em trabalhar como mecânico sem especialização na Cenibra. Mas ela não desistiu. Até quando ela mesma matriculou os dois no curso de mecatrônica. Aí não teve jeito, ele foi estudar. Tempos depois formou-se técnico em instrumentação. Subiu de cargo e salário e de rebaba foi condecorado ‘Operário Padrão Minas Gerais’ e recebeu o prêmio das mãos do já saudoso José de Alencar. Viajou por todo o Brasil, ficou em segundo lugar no ‘Operário Padrão Brasil’, recebeu a condecoração de Cavalheiro da Ordem por serviços prestados à União e o Mérito de Honra do Trabalho das mãos do então presidente Itamar Franco, após subir de mãos dadas com a minha mãe, sua esposa, a rampa do Palácio do Planalto. Foi entrevistado pela Glória Maria, virou notícia junto ao primeiro colocado em todos os telejornais e nós guardamos com carinho a entrevista de página inteira que deu à Folha de São Paulo. Será que ele não viu felicidade depois do casamento? Sem lhe tirar os méritos, qual o papel da minha mãe nessa história toda? Um peão chão de fábrica não concorre a ‘Operário Padrão’, um instrumentista, sim.

Construíram uma grande casa juntos e suas palavras a respeito são: ali foi colocado um tijolo por mim, o outro pela sua mãe. Uma luta unida. Já com quinze anos de casados, minha mãe investe o extinto Girafão que a Usiminas pagava aos funcionários em uma pequena loja de parafusos chamada Henripar. Ela sabia que meu pai queria muito aquela loja, porque iria se aposentar tão logo. Dois anos depois eles se separam. Na partilha dos bens, ele quis deixar a casa para minha mãe e ficar com a loja de parafusos. E assim foi. Bendito Girafão! Anos mais tarde a Henripar tornou-se indústria, duzentos funcionários, faturamento de mais de um milhão por mês e comandada pelo INSTRUMENTISTA lapidado nas áreas da Cenibra. Ele não era bilionário quando se casou com minha mãe, mas será que ela depredou sua situação financeira?

Minha tia Nem se casou com um auxiliar de contabilidade. Viviam muito humildemente quando minha mãe conseguiu um trabalho para seu marido na Usiminas. Assim, eles puderam sonhar. Ela, uma mulher sem estudos, não cursou sequer o ensino médio. Era dona de casa. E sonhando, sonharam em construir uma casa de dois andares. Era um luxo! Um “peão” da Usiminas ter casa de dois andares! Sonharam. E ela não tinha como comprar tijolos, mas tinha como economizar no orçamento doméstico. Ao invés de bife no almoço, carne moída, ao invés de ligar o ferro de passar várias vezes, apenas uma vez na semana, a água que enxaguava a roupa servia para lavar o quintal. Durante os anos que a casa estava em construção, ela não comprou uma camiseta sequer para ela, em todas as festas de família, em todos os almoços, tia Nem sempre com as mesmas roupas e não bastasse, parou de fumar também para diminuir ainda mais os gastos. O final da história foi uma casa erguida de dois andares, além do terraço, quintal e área para churrasco. Realmente, como cita o ginefóbico lá em cima, sem o dinheiro do marido essa casa não existiria, mas sem a abdicação e amor de minha tia também não.

Um novo casal muda de cidade porque o esposo teria um salário inicial superior a R$ 10 mil e daria continuidade aos negócios da família. A mulher sempre trabalhou, mas em prol do casamento e com muito sofrimento se mudou também. Cidade pequena, as chances de conseguir um emprego eram mínimas. Nos primeiros meses ficou de dona de casa. Mesmo com o marido podendo pagar uma doméstica em tempo integral, ela não aceitou nem uma faxineira. Ariava os seis banheiros da casa, faxinava os dois andares, lavava com todo amor o colarinho suado das roupas do marido, fazia almoço e jantar frescos. Mas ela queria trabalhar fora, ganhar o dela. Por merecer e por um golpe de sorte, ela conseguiu dar consultoria para uma grande empresa da região junto a um grupo de administradores de renome também vindos de fora. Um mês depois ela engravidou. Com a notícia dada a seus sócios, começaram os problemas. Indiretas sobre a licença à maternidade, sobre ter que substituí-la no quadro porque quatro meses é tempo demais, cara fechada de pessoas que mandam mais que ela, brincadeirinhas do tipo: “devia haver uma cláusula no contrato de trabalho que gerentes não poderiam engravidar” etc. Essa não é uma questão só dessa mulher. É a questão de toda mulher que trabalha fora. Carreira? Ascensão profissional? Filhos? Mas seu marido não faz parte do grupinho engraçadinho. Ele a apóia e sabe o valor da mulher que tem. Mesmo grávida e passando por todas as aflições de uma mãe de primeira viagem, ela já planeja como será sua volta ao trabalho e as dificuldades que a esperam. Será, senhores, que após o casamento não há vida? Fazer um filho em uma mulher e só esperá-lo nascer, sem passar por enjôos, dores, privações, mudanças no corpo, um parto e depois ganhar uma vida no sentido literal, vida essa que lhe trará muitas alegrias...será?

Meu primeiro namorado trabalhava na Usiminas como mecânico. O namoro foi rendendo, eu já na metade da faculdade, ouvi no rádio a chegada de uma nova faculdade a Ipatinha. A propaganda anunciava que não havia vestibular, apenas um questionário que você responderia em casa. Eu sabia que meu namorado não tinha bagagem para passar num vestibular, então, com essa notícia me empolguei. Fui falar com ele. Não fez cara boa, não, mas como não gostava de me desagradar aceitou preencher o formulário. Mas nunca tinha tempo de pegar o tal formulário, sempre havia uma prioridade, nem que essa fosse a Sessão da Tarde. Então, eu mesma fui à escola, peguei o formulário. Ele enrolou para preencher aquele formulário até o último dia de inscrição. Eu o preenchi às pressas e ainda fui fazer sua inscrição (só podia ir pessoalmente) na maior cara dura. Ele entrou para a faculdade e, hoje, se tem uma perspectiva melhor de vida, deve uma boa parte a mim. Hoje, ele está casado e feliz, sustentando sua família e com uma filha linda. Eu estou solteira e também feliz. Engraçado... acho que existe mais de dois tipos de pessoas felizes.

Bom, acho que deu, né?!

Que existem mulheres que exploram seus companheiros? Existem! Mas são exceção. Por que denegrir em rede mundial a imagem da mulher dessa forma? Existem homens vagabundos que encostam na mulher trabalhadora e, além de dar gastos, geralmente viram alcoólatras e ainda dão trabalho. Mas são exceção.
Eu não consigo ver a graça nessas piadinhas ginefóbicas, não compreendo por que muitos homens fazem isso, até mesmo porque esses homens nunca serão felizes no amor. Só amamos o que admiramos, o que nos da orgulho, o que nos enche a alma.


Sobre o porquê deles agirem assim? Tenho uma sugestão: o maior estudioso do comportamento humano, Sigmund Freud e mais uma dezena deles comprovaram que a principal REFERÊNCIA de um homem é a SUA mãe. Desde a primeira infância até a fase adulta.
Alguém tem mais uma sugestão?

E, meninas, não fiquem tristes. Existem homens de verdade no mundo. Eu já conheci vários, a maioria, mas, infelizmente, nem todos o eram.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Se não tem tu, vai eu mesma

Dormindo, o sono dos justos, acordo cinco e trinta da matina com um barulho de goteira. Custei a identificar de onde vinha o tal. Pensei: Choveu? Só me falatava essa: goteira! Levantei, com as vistas desfocadas, respirei fundo e vamos lá, rumo ao banheiro. Mas tinha uma coisa muito estranha, um cheiro forte de barro dominava minha pequena casa.

Quando coloquei os pés no chão: "splash!"....parecia que tinha dois dedos de água no chão, meu pés ficaram totalmente molhados. Pensei: o que eu fiz? uma hora dessas? acho que é pesadelo! Quase voltei a dormir com a certeza de que não tinha acordado e estava vivendo um grande pesadelo.

Mas não, caros amigos. A realidade é dura e a água com barro, mole, a ponto de escorrer por todos os cantos da casa.

Parte técnica
Minha tia instalou um posto artesiano aqui em casa. Ela e a empregada entenderam tudo errado sobre as explicações dos técnicos sobre aquele monte de chave e fizeram todo oposto. Resultado: a caixa d'agua estava recebendo água do posto e da rua e não deu conta, como ela fica em cima do meu banheiro, derramou água a madrugada toda e escorreu pela tubulação elétrica, inundando meu banheiro e meu quarto.

Voltemos
Não matei minha tia, acalmem-se. De cara já veio o automático na cabeça: ligar para o pai. A essa hora ele já está lindo e tranquilo na sua varanda tomando seu chimarrão. Só que, cadê o celular? (Furtaram meu celular na noite anterior). Respiração da ioga...uma...duas...

Àquela hora, não teria como recorrer à ninguém. Liguei o f$#~-&*, enxuguei meus pezinhos e voltei a deitar esperando a hora de ligar para o meu pai ou para o namorado (se eu o tivesse). Sempre foi assim. Carro, coisas estranhas que estragam dentro de casa (por que as coisas dão problema, gente?), tudo é pai ou namorado que resolve.

Peguei um livro...não conseguia ler... Então lembrei do pacto que tinha selado comigo mesma: eu faria todo o possível e uma pontinha do impossível pra ser sempre independente, resolver meus próprios problemas sejam eles de que ordem fossem, sempre, a todo tempo, de qualquer tamanho ou complexidade.

Resolvida, sabia que o dia ia ser longo. Oito da manhã, já tinha pego na net o telefone de um técnico, fui ao orelhão, liguei e pedi urgência. Aproveitei e já convoquei a faxineira.

Tudo resolvido (20h30), móveis arrastados, fotografias secando separadinhas pra não colar, casa cheirosa...hum...e um orgulhosinho de mim mesma.

E assim será...

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Esperança

Espera filho
Que nessas andanças
Há esperança

Esperança para esperar
O sol nascer amanhã
E o esperado, ele trazer

Esperança...
Arte da espera
Verbo sem ação

Se parar de esperar
E a esperança morrer
O sentido vira lágrima

Lágrima para esvaziar
Espera para acontecer
Esperança pra encher