Pensações

Pensações

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

À uma amiga

Depois de receber um texto onde a pobre Aninha tenta ser a mulher perfeita para casar e a loira gostosa rouba o olhar de seu príncipe.

Depois que a Pâmela se casou, eu mudei muito a minha concepção de feminismo.
Em uma entrevista o Wagner Moura, atual "Coronel Nascimento", disse que o casamento é uma instituição moderníssima, porque, hoje, ninguém é obrigado a ficar com ninguém. As pessoas ficam juntas por decisão e vontade própria. E é verdade...
Vou confessar, amiga. Escute bem baixinho e depois esqueça: hoje eu acho que nos tornamos loiras loucas porque não conseguimos achar um alguém que nos faça uma Aninha. Ouça o papo nos jantares das "solteiras convíctas", preste atenção nas entrelinhas dos textos das "escritoras desencanadas", lance um olhar sobre os olhares numa balada. Estão todos afoitos pela "metade da laranja", mas na frustação de não conseguir - porque realmente nos (mulheres) posicionamos contra a subordinação diante do macho e não conseguimos, ainda, achar a harmonia de como ser uma boa mulher num outro tempo - resolvemos virar pseudoindepedentes, o que está mais para adolescentes rebeldes, que assumir que estamos a todo tempo em busca de um companheiro de verdade, de alguém que nos fecunde, que nos dê o braço forte como proteção, que nos proporcione um abrigo, que proteja o ninho enquanto alimentamos os filhotes (acho que peguei pesado, agora...rsrsrs). Então, o que temos a dizer: "Foda-se a natureza".

Beijos pseudofeministas.....

Love

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Um pouco de mim pra mim mesma

Tem horas que não dá, sabe?
Eu já deixei de ser muuuito mimada, pra ser só um pouquinho, já abri mão de tanta coisa que pra mim, antes, eram indispensáveis, já não olhei pra uma vitrine porque sabia, não podia gastar e, hoje, ando de ônibus depois de dez anos andando só de carro e ainda dou boas gargalhadas com as histórias que ouço no transporte público e, muitas vezes, faço análise de graça...rsrs

Só que mesmo sabendo que o mundo não era o paraíso da Alice que meu pai e minha mãe me contaram e fizeram acreditar ser, mesmo tendo caindo na real e entendo que o buraco, realmente, é bem mais embaixo, ainda há coisas que me paralizam.

Paralizam a face: nem um sorriso, nem a testa enrrugada, nem uma sombrancelha levantada...uma paralização de tristeza mesmo, com o mesmo mundo que eu tanto tendo entender e praticar.

Algumas coisas que as pessoas falam sem necessidade,algum toque de maldade pra fazer doer um coração alheio, uma mentira mal pregada pra comprovar o desnecessário, a fofoca, o pessimismo.

Daria para citar muitas coisas, muitas que ainda me paralizam a alma. Nessas horas tenho que ouvir uma música ou ver um tela que eu pesquisei no google, ou ler um poema, assim, como se fosse, mesmo, uma oração pra me dar um pouco de mim pra mim mesma. Pra me devolver um pouco de cor.

Eu, ainda, deselegantemente comigo mesma, ainda deixo as pessoas me roubarem a cor e a expressão. Então, vou me recolher pra me devolver a mim mesma.

Há...sei lá....depois passa....

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Frase do dia

Meu pai, inspirado pela sexta-feira e decidido, de fato, a me previnir com um bom conselho, solta essa: "Todo mundo é honesto (com cara de entre aspas), mas se aparecer dinheiro e perereca no meio não conte com isso."