Pensações

Pensações

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A pausa

O que salta aos olhos nem sempre é o mais belo. Implacável diante de rios de admiração. O objeto. Aquele que, inrefratável, amolece as dobras e afugenta o sossego.
Taberna de raios finos e claros. Nem a dor poderia te sedar. O pudor. Esse que elimina a ação deixando pingar no prato fundo o sangue espesso do desejo.
E pelo pequeno buraco vê-se a cor. Sem certeza. Não há cheiro. Sente-se de longe a umidade dos dias de presa. A prisão. Esta dona absoluta que nos deixa bater à cara seus longos cabelos que correm ao vento.
E com uma bola de nada nas mãos, esponja cor de ar das seis horas da aurora, entrega-se a tudo que pensa-se não ter. O vazio.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Talvez eu vá pra Bahia

Passo tão longe das águas silenciosas da tranquilidade. Esse mundo me incomoda. Incomoda-me o excesso de trabalho, as filas dos bancos, o trânsito, a falta de cor das cidades. Talvez eu vá pra Bahia, onde as casas e as pessoas têm cor. Talvez eu vá - quem diria? - para o menor interior.