Pensações

Pensações

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Agora além de Relator precisamos de um Presidente de Conselho...
Acho que precisamos de outro Presidente também... (Renan Calheiros, presidente do Senado, acusado de pagar contas pessoais com dinheiro de um lobbysta, tem as costas guardadas pelo presidente do Brasil...).
Que que eu faço?

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Bem que a Tia Lúcia fala: "Na hora da dor somos todos iguais." E é verdade. Quando estamos sofrendo, por um motivo ainda inexplicável, deixamos as coisas pequenas de lado, nos humanizamos mais.
Minhas duas irmãs estavam brigadas. Acordei de manhã num domingo desses de ressaca:
-Paloma, sua porca (berros!)!!!
-Você vai limpar tudo isso!!!
Paloma tinha dormido lá em casa, na cama da Pâmela, depois de termos saído pra balada no sábado à noite. Quando ela bebe, ela costuma fazer xixi em qualquer lugar (vai saber....). Mijou na cama da Pâmela...
Colchões e travesseiros ao sol. Ficaram sem conversar um tempão. Pâmela: -pensa bem, Polly, a Paloma sabe que ela mija em qualquer lugar quando bebe. Ela tinha que dormir na minha cama??
Paloma: - a Pâmela não precisava ter falado daquele jeito comigo. Eu ia saber que eu ia mijar na cama dela? Estou muito magoada, não olho na cara dela tão cedo.
Caras viradas e mãe passa mal. Tem que ir para o hospital. Eu ruim de gripe. Paloma no celular: - Pâmela, pelo amor de Deus, me ajuda, a mãe tá dando uma crise, vem pra cá...

terça-feira, 26 de junho de 2007

Precisa-se de um Relator!!!

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Gente é muito indeciso. É um povo que quer tudo, quer demais.
Postei uma coisa parecida no blog de uma amiga.
Li num livro que conseguir o que você quer é ter sucesso. Querer o que você consegue é felicidade.
Concluí que quase nunca fui feliz. Sempre quiz muitas coisas. Sou um tipo que quer muito, quer mesmo. Adoro traçar planos secretos para conseguir as coisas. Tem o plano estratégico e o de execução. Faço tudo certinho, sigo as regras e, sem modéstia, quase sempre consigo o que quero. O problema é que quando tenho, não quero mais... Será uma doença? Vou ver com minha analista isso hoje ainda. Deve ser doença...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Sempre achei a Marta Suplicy desequilibrada. Sei lá, uma cara de louca...
Achava que ela tomava umas anfetaminas pra ficar magra, uns ansiolíticos pra não dar bafão no Planalto e é claro, fazia reposição hormonal...
Depois de sua declaração sobre a crise aérea "relaxa e goza", nem se seu cabelereiro acertasse aquele corte que a deixa descabelada e com mais cara de louca eu iria acreditar que ela é normal.
Vou te contar...queimando o filme das mulheres em rede nacional.....

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Último final de semana, lá em Milho Verde. Eu escovando os dentes na pousada da Dona Lourdes de parede meia com um vizinho nativo:
- Noooossa!!!! O Enéas morreu!
- Que Enéas, aquele do "meu nome é Enéas"??
- É esse mesmo...
- Meu Deus....
Obs: havia um mês que o eterno candidato à presidente pelo Prona morreu.... coisas de Milho Verde...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Entrevistei o Zé Geraldo (cantor) um dia desses. Me deu uma certa decepção...
Era uma figura que eu achava que tinha saído do circuito da indústria cultural por ideologia.
Que nada...ele me disse na cara dura. "Eles me tiraram do sistema. A mídia quer rostos bonitinhos para passar no faustão. Eu não tenho rosto bonitinho". Pelo menos ele disse que está feliz. "Não sou ambicioso. Tenho um público, isso me basta." Sinceridade.....às vezes, melhor viver de ilusão...

terça-feira, 12 de junho de 2007

Estou com uma ressaca de Milho Verde. Aquela cidade é louca demais.... Não dá vontade de voltar.
Lá tive vontade de fazer feitiços, bruxarias.... Tive vontade de tirar a roupa e ficar vestida de céu.
Com uma lua daquelas... ai...ai

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Essa tal felicidade

A felicidade é um abstrato livre. Nada é capaz de conte-la. Nenhum objeto, nenhum frasco, nenhum lugar, nenhuma estação. Ela está solta...está a bailar...
Às vezes, acho que ela está por demais além. Grande, flutuante com seus longos cabelos soltos. Sem roupa também – se a felicidade usasse roupas, não seria felicidade.
E quando olho para ela, ela está a me sorrir. O que está além sempre está a nos sorrir. O engraçado é que mesmo me sorrindo, sei que ela não tem forma, não tem nexo. Na verdade, são muitas. Uma para cada ser. Uma felicidade pra mim, outra pra você. Assim, compreendemos que ela não está no singular. São muitas as felicidades. E o que é felicidade para um, para o outro é infelicidade. Tão complicado...
Se eu a conhecesse não seria cortês. Não gosto de entidades que estão além. Falaria umas verdades em sua cara sorridente. Falaria muitas e boas para essa inalcançável. Perguntaria a ela quem ela pensa que é indo e vindo sem sequer bater na porta ou dar um simples adeus, sem explicar o porque de estar indo e quando volta (pelo menos poderíamos espera-la com um bom perfume). Ela não carrega malas...
Depois me desculparia e em meio à sinceridade e à admiração a cumprimentaria. Ela é uma inalcançável generosa. Não liga muito para cor e posses. Ela freqüenta o pagode e a bossa nova sem sequer trocar os panos. Unipresente, podemos vê-la em vários lugares até de uma mesma rua. Ela não se importa em comer com a mão. Há vezes que ela dorme nos bancos da calçada. Ela adora festas e bibliotecas. Pode estar numa conta gorda ou num beijo melado de boa noite. Pode estar na companhia ou na cama limpa e espaçosa das noites solitárias de verão. Pode aparecer no inverno depois de um chocolate quente e uma tragada. Pode até nos visitar após uma tragédia, depois da qual percebemos que perdemos apenas alguns bens e um bocado de sossego, mas valorizamos estar vivos e com saúde.
Espaçosa! Não respeita o espaço alheio. Quando ela resolve visitar alguém não se contenta apenas com um. Invade o coração de quem está por perto. Não pede nem para entrar. É tão bom estar com pessoas felizes! É contagiante!
Disso eu não reclamaria. Mesmo considerando um defeito – ser espaçosa – ia deixar passar. Há alguns defeitos que nos enchem a alma. É a chance que temos de entender que com toda imprecisão podemos e vivemos. Os defeitos são alguns dos melhores recipientes momentâneos de felicidade. Ela se ajeita fácil com eles. São amicíssimos.
Mesmo tão sem dono, pelo menos sabemos seu endereço. Sua casa fica no alto do morro da satisfação. Subi-lo emagrece e... a vista lá de cima é sem comparação.

A água nossa de cada dia

É nosso! Com essa frase a humanidade vem percorrendo o caminho da domesticação de tudo que a natureza lhe deu. Domesticamos a terra, os animais, as florestas e a água. Água essa que nos rega todos os dias desde a hora que acordamos ao momento de ir para cama. Como um bem próprio, as cidades e seus habitantes colocaram o líquido natural em canos e caixas. Medimos em centímetros cúbicos para estarmos certos de que é nosso de verdade e até pagamos por isso. O pior é que o preço das contas mensais não se compara ao preço que vamos pagar ao planeta. Uma dívida que começa a ser calculada agora.
Povos ancestrais, como os indígenas, os quais julgamos desprovidos de desenvolvimento pagarão esse preço também, mas com um desconto: a consciência limpa e límpida (assim como um lago ao qual o ser humano nunca teve acesso).
Ailton Krenak, uma das maiores lideranças indígenas de nossos tempos, em um momento de reflexão alertou: “Nós somos água, reagimos como água”. De certo poucos vão entender. Reagir como água?
Sim, a água é o elemento mais sutil ao qual temos acesso. E como tudo que é sutil é o primeiro a nos alertar que estamos chegando no limite. “A Terra tem um limite”, alertou Krenak. Não para ela que já passou por diversas eras e catástrofes e se mantém. Limite para a raça humana, que a consumiu como um bem na vitrine. O problema é que os bens da vitrine saem de moda. E se a água resolver sair de moda? E se não a encontrarmos mais em nenhuma gôndola?
As culturas ancestrais, povos que viveram em diferentes lugares do planeta azul nunca observaram a natureza como partes. Existe uma experiência de integração, pois eles se sentiam – e ainda existem remanescentes dessas culturas – parte do meio. A natureza não é aquela que apontamos aos nossos filhos quando vamos ao parque ou vemos o mar. A natureza somos nós. E é essa visão cósmica que nos faltou e que fará faltar.

Religiões
A salada religiosa brasileira é um bom exemplo de que não podemos domesticar o que é sagrado. Nas crenças afro-brasileiras existe a presença irrevogável da água como uma entidade à qual devemos cultuar. No candomblé e Umbanda, por exemplo, a água é representada pela figura mística da mãe Iemanjá. A rainha do mar para a qual milhares de brasileiros jogam flores quando um novo ano começa. Era para termos continuado assim: jogando apenas flores.
A água benta da igreja católica e das doutrinas protestantes. A água imantrada do Kardecismo perfeitamente explicada nos dias de hoje.

Física quântica
No polêmico filme intitulado “What the bleep do we know?” (Traduzido para o português como: “O que ainda não sabemos”), que relata as mais novas descobertas da física quântica sobre o mundo, seus elementos e a energia, existe uma interessante passagem que narra a experiência com as moléculas de água em relação às palavras. Em um recipiente cheio de água natural foi colocado uma etiqueta com uma palavra negativa, como guerra, por exemplo. Em outro, com o mesmo líquido, existia a palavra amor. E assim existiam vários. Ao observar as moléculas da água que continham as palavras positivas, elas formavam flores, lindos cristais e desenhos uniformes. Em contrapartida, os recipientes com as palavras negativas, continham a água com moléculas irregulares, desarrumadas e confusas.


O que nos resta compreender é que remoer o passado não nos redimirá. Analisa-lo de forma coerente fará com que possamos refletir sobre como vamos, a partir de então, lidar com esse bem. Quais palavras vão ser escritas a partir de agora? Talvez, as moléculas e a ciência nos respondam, desde que permitamos que reste água.

Oração da consciência humana

Pai,

Ajude-me a compreender a beleza da vida
Não permita que em momento algum
Meus erros sejam deixados para trás sem qualquer aprendizado
Prepare-me para fazer o bem no limite das minhas forças
Dai-me mais forças...
Releve minha pequenês nos momentos de angústia
Indique-me o melhor das pessoas
Proteja-me do pior delas
Favoreça a minha existência para que eu passe de simples usuária desse planeta
À guerreira pela sua preservação
Aumente o tempo do meu abraço
A largura do meu sorriso
A tolerância do meu ser
E que um dia, pai,
Eu compreenda que tudo valeu a pena.